terça-feira, 21 de dezembro de 2010

O verdadeiro Natal...



Presentes. Ceia. Árvore. Compras. Luzes. Cartões. Para você, o Natal é realmente só isso?

Chegamos naquela época do ano onde ouvimos a todo instante: "de novo chegou dezembro, como o tempo passou voando". Os shoppings e centros de comércio estão abarrotados de gente, os supermercados com filas intermináveis, as ruas estão decoradas com enfeites natalinos e nota-se muita correria. Pessoas se movimentando para lá e para cá em um ritmo frenético, lutando contra os seus relógios, em prol de conseguirem fazer tudo o que desejam.

Crianças são questionadas sobre o que é o natal para elas, e como não poderia deixar de ser, a resposta é sempre uma só: papai noel. Não vêem a hora de ganhar seus presentes tão aguardados, mesmo na maioria das vezes estes sendo entregues muito antes do dia 25 ou não sendo tão merecidos assim como prega a lenda de serem bons meninos durante o ano.

Neste auge de contradições, corre - corre e consumismo exacerbado, paremos e refletimos por um instante. Será que esta data vem sendo comemorada como realmente deveria ou cada vez mais estamos nos deixando levar por uma inversão de valores?

O real significado do natal é a lembrança do nascimento de Jesus Cristo. Na verdade, não só a lembrança, mas sim, o resgate a todas as dádivas que o mestre nos ensinou carinhosamente, como o perdão, a fraternidade, o amor, a humildade, a gentileza.

É fácil teorizar, o complicado é colocar em prática esta mensagem do bem, que tanto se afasta de nós nestas vidas tumultuadas que levamos hoje.

Mas, nunca é tarde para abrirmos os nossos olhos e enxergarmos que o natal deve se fazer presente o ano todo, não apenas no final de dezembro. Que o ano novo, nada mais é do que uma oportunidade que temos de sermos diferentes, mas que não precisa começar necessariamente dia 1 de janeiro, pois podemos começar um novo ano e uma nova conduta dentro de nós hoje mesmo, basta a gente querer isso.

Olhemos o Natal como uma época de paz, harmonia entre as pessoas, proximidade com quem estivemos longe o ano todo, fraternidade a nossos irmão sofredores, reunião com familiares queridos, alegria.

Ruas iluminadas, luzes por toda a cidade, casas enfeitadas, pessoas mais dispostas a um abraço sincero, mesmo que este seja ainda apenas um por ano, mas ainda assim já é uma boa atitude, melhor do que nada.

Vamos aproveitar que esta é uma época que paira sobre o planeta, uma atmosfera mais suave, mais doce, mais fraterna (daí o motivo de muitas pessoas ficarem emocionadas ou se sentirem mais sensíveis e felizes em dia de Natal) e sentirmos Jesus dentro da gente, nos voltando para a espiritualidade e agradecendo a tantas bênçãos recebidas, vitórias alcançadas, oportunidades concedidas.

Que saibamos enxergar o natal brilhar exteriormente, mas também, que o deixemos brilhar dentro de nossos corações, acreditando em um mundo de paz, de esperança e em pessoas sinceramente mais felizes e mais humanas.

Merry Christmas and happy New Year - F.G.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Coices da vida...



Hoje irei postar algo diferente...
Semana passada, uma grande amiga me mandou um texto encantador e resolvi compartilha-los com todos vocês, afinal, não basta adquirirmos o conhecimento e a verdade e os guardarmos conosco, mas sim, dividi-los e passá-los adiante.
Dentre outros pontos, a mensagem aborda as feridas que as pessoas podem nos causar ao longo de nossas vidas, seja consciente ou incoscientemente também.
Acredito que é sempre mais fácil agradarmos alguém que amamos do que desagradá-lo. Fazer alguém feliz é extremamente mais simples do que o contrário. Ao invés do bate-boca, o diálogo compreensivo. Ao invés da justificativa, a compreensão.
Vou morrer com a bandeira de que a frieza não leva a lugar nenhum, muito menos a grosseria. Vamos nos respeitar, nos compreender, e acima de tudo, nos ajudar, mesmo que isso corresponda a algumas vezes deixarmos de lado nossas convicções para única e exclusivamente vermos o outro bem. Deixarmos o outro feliz...
"A borboleta e o cavalinho".
Esta é a história de duas criaturas de Deus que viviam numa floresta há milhões de anos. Eram elas: a borboleta e o cavalinho.
Na verdade,não tinham praticamente nada em comum, mas em certo momento de suas vidas se aproximaram e criaram um elo.
A borboleta era livre, voava por todos os cantos da floresta e enfeitava a paisagem. Já o cavalinho tinha grandes limitações, não era bicho solto que podia viver entregue a natureza.
Nele, certa vez foi colocado um cabresto por alguém que visitava a floresta e então, sua liberdade foi cerceada.
A borboleta, no entanto, embora tivesse a amizade de muitos outros animais no local, gostava de fazer cia ao cavalinho, agradava-lhe ficar ao seu lado, mas não por pena, e sim, por carinho, companheirismo, afeto.
Assim, todos os dias ia visitá-lo e lá chegando, levava sempre um coice, depois então um sorriso.
Entre um e outro, ela optava por esquecer o coice e guardar no seu coração o sorriso.
Sempre o cavalinho insistia com a borboleta para ajudá-lo a carregar o cabresto devido ao seu enorme peso.
Ela, carinhosamente tentava de todas as formas auxiliar, mas devido a sua fragilidade, nem sempre isso era possível.
Os anos se passaram e numa manhã de verão, a borboleta não apareceu para visitar o seu fiel companheiro.
Ele nem percebeu, preocupado que estava em se livrar de seu cabresto.
E vieram assim outras manhãs, outras, outras, até que chegou o inverno e o cavalinho se sentiu só, e finalmente recordou a ausência da borboleta amiga.
Resolveu então sair do seu canto e procurá-la. Caminhou por toda a floresta, observando cada cantinho em que ela pudesse estar escondida. Cansado, se deitou embaixo de uma árvore. Um elefante se aproximou e perguntou quem era ele e o que fazia por ali.
- Eu sou o cavalinho do cabresto e estou a procura de uma borboleta que sumiu.
- Ah, então você é o famoso cavalinho?
- Famoso, eu?
- É que tive uma grande amiga que me disse que também era sua amiga e falava muito bem de você. Mas afinal, qual borboleta você procura?
- É uma borboleta colorida, alegre, que sobrevoa a floresta todos os dias visitando os animais amigos.
- Nossa ! Era justamente dela que eu estava falando. Não ficou sabendo? Ela morreu há algum tempo atrás.
- Morreu??? Como foi isso?
- Dizem que ela conhecia aqui na floresta, um cavalinho, assim como você, e todos os dias quando ela ia visitá-lo, ele dava-lhe um coice. Ela sempre voltava com marcas horríveis e todos perguntavam a ela quem havia feito aquilo, mas ela jamais contou a alguém. Insistíamos para saber quem era o autor daquela malvadeza e ela respondia que só ia falar das visitas boas que havia feito naquele dia, era aí que ela falava com maior alegria de você.
Neste momento, o cavalinho já derramava milhares de lágrimas de tristeza e de arrependimento.
- Não chore meu amigo, sei o quanto você deve estar sofrendo. Ela sempre me disse que você era um grande amigo, mas entenda, foram tantos os coices que ela recebeu deste outro cavalinho, que ela acabou perdendo as asinhas, depois ficou muito doente, triste, sucumbiu e morreu.
- E ela não mandou me chamar nos últimos dias?
- Não, todos os animais quiseram lhe chamar mas ela disse:
- Não perturbem meu amigo com coisas pequenas, ele tem um grande problema que eu nunca pude ajudar...
Você até pode aceitar os coices que lhe derem quando eles vierem acompanhados de beijos, mas em algum momento da sua vida, as feridas que eles vão lhe causar, não serão mais possíveis de serem cicatrizadas.
Quanto ao cabresto que você tiver de carregar durante toda a sua existência, não culpe ninguém por isso, afinal, muitas vezes foi você mesmo que colocou ou permitiu que ele fosse colocado.
Que você possa aceitar que só quem soube da sombra, pode saber da luz...
Respect and love forever - F.G.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Olhar sem ver.


Tinha planejado escrever sobre outro tema. Toda a estrutura do texto e as principais idéias já estavam arquitetadas em minha mente, quando de repente, decido mudar o foco.

É justamente sobre isso então que será meu novo post: foco. Exercitando nossa cabeça, vamos nos questionar porque sempre tendemos a enxergar as coisas pelo seu lado negativo? Porque sempre ressaltamos o que nos falta, ao invés de agradecermos o que temos? Porque falamos mal antes de pensarmos e depois mudamos nossa opinião sobre algo?

A maioria das pessoas olha sem ver, fala sem pensar, ouve sem entender o que está ouvindo. Não basta ligarmos o "botão automático" e sairmos por aí vivendo. As coisas não são bem assim...

É relevante afirmar que toda situação, por melhor ou pior que se apresente, possui seu lado bom e seu lado ruim. Enxerguemos isso ou não. É fato!

O acaso não existe e se, nos deparamos com determinado acontecimento, cabe a nós mesmos escolhermos para qual ângulo iremos direcionar o nosso olhar. Se for para o lado negativo, nos faremos de vítimas da vida, aplicaremos a auto piedade, nos revoltaremos, sofrendo e caindo cada vez mais nas teias da tristeza e do vazio depressivo. Mas, se nossa opção for o lado positivo, iremos enxergar o bem desta ocasião, as mudanças salutares que irão transcorrer, o aprendizado que iremos desenvolver e a oportunidade que nos foi concedida.

Pessimistas de plantão logo irão vaiar meus escritos e dizer: "nem tudo que acontece tem seu lado positivo". Sinto desapontar-lhes, mas tem sim. Às vezes, tentamos e não conseguimos ver isso e o que devemos então fazer é buscar, lá no fundo do acontecimento, da dor, da mudança ou da situação. Certamente estará escondido ali algo benéfico, algo que nos é bem vindo senão hoje, no futuro.

Sim, somos seres humanos errantes, certamente temos imperfeições e defeitos, mas estas falhas não podem prevalecer em nós. O nosso lado escuro tem que ser inferior a nossa luz, a nossa claridade viva, ávida, brilhante...

Do mesmo modo que todas as pessoas tem acertos e erros, as situações têm suas vantagens e desvantagens, e, da mesma maneira que buscamos que nos enxerguem por nossas qualidades (amenizando assim nossos defeitos), vamos enxergar e priorizar o positivo de tudo: de nós mesmos, de nossas vidas, das outras pessoas, dos fatos cotidianos e das situações que acontecem.

Tudo pode se virar a nosso favor, tudo pode conspirar para o nosso bem.

Atrás de uma cara fechada pode haver uma pessoa doce e bondosa. Atrás de uma aparente discussão pode haver um diálogo construtivo e edificante. Atrás de uma incessante cobrança do ser amado, pode haver um amor verdadeiro e protetor.

Mude o seu foco. Valorize as belezas, busque esquecer o mal...Todos merecemos sermos vistos por nossa luz, nunca por nossa sombra...

Positive side - F.G.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Procura-se gentileza.



Educação, sorriso, cordialidade, simpatia, bom humor e gentileza estão em falta no mercado.

Um simples bom dia é tão significativo assim? Surte algum efeito positivo se eu sorrir mais em meu trabalho? O bom humor é tão valioso a ponto de fazer a diferença em alguém?

Proponho uma breve reflexão acerca destas questões...

Estamos vivendo em um ritmo tão frenético que não nos damos mais conta da importância de valores simples, mas tão escassos hoje em dia.

Se algum desconhecido nos cumprimenta com alegria na rua ou nos agradece por algo que fizemos, a gente até estranha, alguns até desconfiam e pensam: "o que será que esta pessoa está querendo?" Pensar assim é um absurdo, mas é tão rara a gentileza nos tempos atuais, que quem a utiliza até se destaca, pois pessoas bem educadas, carinhosas e simpáticas são exceções nas ruas, nas empresas, nos convívios em geral.

É preciso que, de vez em quando, paremos e pensemos em como estamos agindo com os outros e se nossas atitudes são compatíveis com nossa verdadeira essência.

Sou sempre tachado de exagerado ou sensível demais, mas sem dúvida alguma prefiro ser assim ao jeito como muitos agem por aí...

Não vamos deixar que o stress, as tribulações e o nosso tempo reduzido nos transformem em seres humanos egoístas, mal humorados, grosseiros e frios, vivendo apenas por nós e agindo exclusivamente por nossos interesses.

Não nos deixemos envolver pela descrença no próximo, por mais impossível que isso possa soar, pois como sabiamente nos ensinou André Luiz / Chico Xavier: "Cada boa ação que você pratica é uma luz que você acende em torno dos próprios passos".

Vamos resgatar o que existe de melhor e de mais belo dentro de nós e exteriorizar coisas boas, positivas e edificantes. O mundo precisa disso.

Vamos fazer a diferença...

Do it - F.G.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

"Conhece-te a ti mesmo".


Conrado tinha um segredo...

Profissional qualificado e reconhecido na multinacional onde trabalhava como diretor comercial, coordenava brilhantemente seus subordinados na área, sempre atuando com rigidez, mas ao mesmo tempo, agindo com simpatia e flexibilidade. Admirado por seus colegas, era sempre elogiado pelos superiores.

Carro último modelo, sempre brilhante, lustrado minunciosamente como um diamante precioso. Roupas arrojadas, modernas e das melhores grifes. Vaidoso, Conrado não descuidava da pele - esta, sempre aparentando menos idade -, dos cabelos, das unhas. Cuidava do corpo, fazia atividades físicas regularmente, era adepto das dietas alternativas e balanceadas e constantemente visitava sua nutricionista para verificar sua regrada alimentação.

Casado, ele era pai de duas adoráveis meninas: Amanda e Mayara. Sua esposa Alice, era uma jovem e graciosa mulher, no auge dos seus 32 anos de idade, mas assim como o marido, dificilmente alguém lhe diria que possuia esta quantidade de aniversários.

Morava em uma elegante casa em um dos novos bairros nobres da capital, onde ostentava luxo e sofisticação em uma propriedade estrategicamente arquitetada e cuidadosamente planejada.

Aos olhos das pessoas, aquelas que sempre enxergam apenas o que querem ver, aquela era a típica família, tradicional e perfeita. Família de porta retratos. Mas, em se tratando de gente, ser humano é sempre ser humano, com suas infindáveis ambiguidades, opostos e dilemas.

Sempre ao voltar de mais um estafante mas proveitoso dia de trabalho, Conrado passava algumas horas em família, mas nunca conseguia fazer seu lar ser tão doce como desejava...

Deitado em sua espaçosa cama, parava e reflitia alguns segundos. Talvez minutos. Horas. Noites inteiras. Semanas. Meses. A vida passava como um flash em sua mente, que insistia em buscar fatos vividos no passado, relacionando-os com os corriqueiros do presente e imaginando como seriam os momentos do porvir...

Deparar-se com si mesmo, assustava violentamente Conrado, mas, ele sabia que não tinha para onde fugir. Fugir de si mesmo. Das suas próprias angústias, anseios e sentimentos. Não conseguia entender porque não era feliz apesar de ter uma vida tão esplendorosa, cheia de riquezas, bens, alegrias e motivos para agradecer fielmente a Deus todos os dias por possuir.

Para ele, parecia que nada disto importava. Não era esta a verdadeira felicidade. Não era esse o sentido melhor e mais essencial da vida.

Amava sua esposa, suas filhas e tudo o que conquistou ao longo destes anos com tanto sacrifício, perseverança e bravura, mas sabia que no fundo, eram apenas pedaços...Tudo o que tinha e que valorizava eram pedaços de uma vida incompleta e vazia de um sentido maior.

Vivia na realidade, uma fachada, onde automaticamente trabalhava, comprava, planejava, amava e não conseguia por fim, se desvencilhar deste ciclo material, insosso e sem fim. Quanto mais alcançava, mais desejava o topo. Quando mais conseguia, mais queria ter o que conseguir. Quando mais vencia, mais desejava obter novas vitórias...

Agora, toda noite, querendo ele ou não, se deparava com um lugar escuro. Fechado. Solitário. Sem respostas em meio a tantos questionamentos. Um lugar onde era o que era de verdade. Sem máscaras, sem grifes, sem troféus, aplausos ou desejos conquistados. Era ele. Simples, comum, pequeno e vazio. Apavorado, quanto mais queria sair deste lugar por vezes tão sombrio, mas se encontrava dentro dele. Como num labirinto sem saída.

Porque se sentia assim? Para que frequentar tão ardiloso ambiente? Porque toda noite ia parar alí?

Este era seu segredo...Seu mais temido e guardado segredo...Ao mesmo tempo que não gostava de encarar este "seu lugar", temia sinceramente por outros encontrarem este seu cantinho tão seu, tão misterioso...

Prometendo não contar isso para ninguém, talvez nem para ele mesmo, sabia que este lugar era a sua alma...

Quantas vezes vivemos porque temos que viver? Quantas vezes ligamos no automático e fazemos tudo o que a programação exige que façamos? Quantas vezes esquecemos quem verdadeiramente somos para assumirmos um papel tão mais conveniente?

Conhecer a si mesmo, trata-se de uma árdua e difícil façanha que um dia, querendo ou não querendo, todos nós teremos de lidar. Que isso então seja com respeito, aceitação e carinho. Amor a nós mesmos.

Que tenhamos luz, vida e sorrisos toda vez que nos depararmos com nosso "quarto escuro"...

Love and accept yourself. - F.G.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

To love.


"Cada um viveu tanto quanto amou". (Leon Tolstói).

Eu decidi iniciar meu novo post no blog com esta intrigante frase do escritor russo que, em poucas palavras, conseguiu captar a maior essência da nossa existência: a expressão do amor e suas mais belas vertentes...

Amar a Deus, a nossa família (seja a carnal ou a escolhida como tal), aos nossos amigos, a natureza, aos animais, a vida em geral e esta rica oportunidade que todos temos de crescermos, aprendermos e fazermos a diferença, deixando um legado positivo e digno.

Abordando mais profundamente...E a beleza de amar os desconhecidos? E as pessoas difíceis que convivem conosco e até mesmo os nossos mais temidos "inimigos"? Tarefa simples? Muito longe disso...Fácil? Mil vezes não. Impossível? Isso também não é...As chances chegam até a gente dia após dia, basta prestarmos atenção aos mais sutis detalhes do nosso corrido cotidiano. Parar, analisar alguns minutinhos que seja. Amar faz um bem. Sorrir faz um bem. Ajudar alguém faz um bem...E como faz bem. Muito mais pra nós mesmos do que para os outros. O difícil é entender isso e muito mais ainda praticar isso dia após dia.

E quando amamos e não somos correspondidos? E quando fazemos demais e recebemos de menos? E quando nos doamos efetivamente e temos apenas uma parte disso de volta pra nós? Ai é que o negócio complica de vez...Sabe quando você se sente somente ajudando e poucas vezes ajudado? Dores, problemas, medos, angústias, etc, etc, todo mundo tem, mas tudo isso fica muito mais fácil e literalmente mais suave se for dividido...Compartilhado...Mas é aquele negócio: quando estamos bem e felizes, chovem amigos e companheiros de risadas, passeios e baladas. Mas, bastou você comentar que não está bem ou cogitar pedir ajuda que o povo some. Desaparece. Seria até engraçado se não fosse tão triste...

Feridas vêm e vão. Quando uma está prestes a cicatrizar, logo vem outra nova com sua dor sofrida. Dor esta, íntima de cada um...Sentimento seu, único e particular. Jamais alvo de críticas, julgamentos ou questionamentos, pois somente cada um sabe o que já passou na vida, o que vem passando e o que guarda no seu mais profundo ser.

Lição de casa para todos nós. Lápis e papel na mão. (Tentando brincar com algo sério e facilitando o complicado, rsrs). Somos seres individuais, com valores e anseios únicos de cada um. Levar a vida numa boa e não se sentir só, tentar entender os outros, auxiliar sempre e tentar não sofrer com os momentos de solidão são nossos grandes obstáculos. Ame agora mesmo. Por mais doloridos e cansados que possamos estar e por menos compreendidos que estivermos sendo.

Termino com um texto da grande conhecedora dos dilemas humanos: Clarice Lispector.

"Quando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos, resta-nos um último recurso: não fazer mais nada. Por isso, digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que havíamos solicitado, melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram. Não fazer esforços inúteis, pois o amor nasce, ou não, espontaneamente, mas nunca por força de imposição. Às vezes, é inútil esforçar-se demais, nada se consegue;outras vezes, nada damos e o amor se rende aos nossos pés. Os sentimentos são sempre uma surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido. Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer. Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só caminho...o de mais nada fazer."

Slowly bleeding... F.G.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Sentimentos...


Hoje acordei inspirado e porque não dizer um pouco melancólico....Sentimentos a flor da pele...Ah os sentimentos...Decidir escrever sobre sentimentos, é deixar a razão um pouco de lado e colocar a emoção para falar mais alto e se sobressair em mim.

Acredito que expressar sentimentos seja uma verdadeira arte, um dom...Muito mais fácil para alguns do que para outros.

O grande problema da maioria das pessoas, é que elas não se permitem. Não se permitem amar por medo da frustração. Não se permitem se abrir por medo da decepção. Não se permitem se entregar por medo do envolvimento. Não se permitem falar pois é mais segura a omissão. Não se permitem mudar porque o orgulho pesa. Não se permitem ser elas mesmas, e sentir os seus próprios sentimentos. Como diz a canção do Lulu Santos: "Hoje o tempo voa amor, escorre pelas mãos. Mesmo sem se sentir, não há tempo que volte amor. Vamos viver tudo que há pra viver. Vamos nos permitir..."

É a eterna disputa entre os dois grandes rivais: razão e coração. Por quem decidir? Quem ouvir? Quem irá vencer? Sim ou não, para cada situação, o bom senso nos exige optarmos por um ou pelo outro, mas não consigo deixar de ressaltar que o ser humano, dentre sua inúmera vastidão de sentimentos e emoções, pode se transmutar dia a dia, fazendo cada momento ser único, novo e especial, apenas dando vasão aos ensinamentos de ontem, mais que funcionarão eternamente, tal como ser carinhoso com as pessoas, falar a verdade antes de mais nada, amar o próximo bem como vc mesmo, auxiliar quem mais precisa, dizer palavras afetuosas a quem se ama, expressar a saudade em sua mais bela definição, enfim, sorrir para a vida. Se abrir para os mais belos e puros sentimentos que guardamos lá no fundinho de nós mesmos, apenas esperando uma oportunidade de serem colocados para fora.

A expressão da arte em sua infinidade de nuances, nada mais é do que extravasar sentimentos, liberar emoções que temos com a gente e fazer a diferença. A diferença para nós mesmos, dentro da nossa casa, no nosso trabalho, na rua que moramos, com as pessoas que convivemos, com a sociedade e por ai vai.

Como é sublime a sensação de ser livre, de sentir, de expressar o que se passa em nossa cabeça e no nosso coração. Sem culpa, sem medo, sem bloqueios e amarras que tanto nos aprisionam em nossas mais íntimas vontades e sutís desejos.

Palavras muitas vezes são apenas palavras. Um sentimento não mede palavras, pois estas se perdem e voam com o vento...

O sentimento quando atinge a alma, enobrece o ser, eleva o espírito e acaricia ao coração. Dá vida a vida.

Se permita falar, rir, se expressar, chorar, sentir, querer, se jogar...Se dê uma chance e deixe o amor falar por você...

Open your heart - F.G.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Ser humano.


Fã incondicional que sou do Big Brother Brasil, não podia deixar passar em branco a 10ª edição do reality show mais envolvente da telinha (em minha opinião, é importante ressaltar).

Todo ano, aguardo ansiosamente pela estréia do programa, esperando conferir quais serão os "testados" da vez, qual será o foco em questão e também para notar o quanto a criatividade e a reinvenção são essenciais para o perfeito andamento de um projeto anual e de sucesso mundial.

Desculpem-me os que pensam que o BBB é a chamada "cultura inútil" e que não nos agrega nada. Discordo veementemente destas afirmações, pois, no meu ponto de vista, o reality trata-se de um árduo jogo de sobrevivência
, e também uma excelente análise de comportamento do ser humano, porque ao acompanhar os 03 meses de duração do programa, podemos constatar alguns pontos curiosos e até mesmo interessantes referente onde as pessoas são capazes de chegar em prol de um mesmo objetivo: trabalho em equipe; teste de auto controle e paciência, nível de força e resistência, amadurecimento involuntário, afastamento da realidade e da informação, processo de auto conhecimento e descoberta íntima, poder de mutação e respeito as diferenças.

E por falar em diferenças, esta edição apostou em estereótipos mais ricos em nuances e possibilidades e em comportamentos mais diversificados.
É impressionante constatar que não são somente os participantes que mudam. Quem assiste também muda o tempo todo. Hoje adoro quem ontem eu detestava e não torço mais agora para quem antes era o meu favorito.

Destacando a sempre eficaz e perspicaz edição do programa, cheia de armadilhas e favorecimentos, o BBB é um ótimo entretenimento para quem se interessa em estudar o outro; enxergar o poço de ambiguidades que são as pessoas e o quanto o ser humano é complexo e distinto, em constante evolução e transformação.

Mesmo não concordando com o desfecho do programa deste ano - para mim, a vitória de um cara como o Dourado representa um retrocesso no que diz respeito a preconceito, machismo e falta de educação - acredito que nunca é tarde para a gente mudar. Seja revendo valores, seja aprendendo com os outros ou tentando compreender as peculiaridades de cada um e até mesmo sabendo conviver em harmonia com as diferenças. Tudo isso é primordial para entendermos também a nós mesmos, nosso mundo interior com suas infinitas verdades e mentiras.

Growing - F.G.

sábado, 20 de março de 2010

Nostalgia.


Sentimento de saudade. Esta é a definição do nosso fiel companheiro Aurélio para a palavra nostalgia. Prefiro definir de uma forma mais pessoal, mais a minha cara. Misto de saudade de um tempo que já passou com lembrança de algo que foi bom e que não voltará mais. Yes! É isso!

Tinha pensado em escrever um segundo post mais alegre para o meu blog, mais creio que devido aos sentimentos deste momento da minha vida junto com os últimos acontecimentos ocorridos, não me houve outra alternativa senão usar este espaço para desabafar e exprimir o que tenho dentro de mim atualmente.

Nostálgico. Pensamentos voam, me teletransportam para momentos vividos, emoções marcantes, épocas felizes e dias mais alegres. Viagens inesquecíveis, pessoas especiais, lugares mágicos e sorrisos sinceros, espontâneos e vividos em sua total entrega e cumplicidade.

Por que as coisas mudam? Por que as pessoas mentem? Por que a felicidade não dura 24 horas por dia? Por que insistimos sempre nos mesmos erros e nos mesmos vícios?

Perguntas que não querem calar, mas que no fundo, sempre são muito bem rspondidas dentro de mim...Dentro de todos nós...

Saudade é uma palavra linda de dizer, mas não tão linda assim de sentir, pois as vezes nos deparamos com cada acontecimento que o que mais temos é saudade dos dias bons e de um tempo em muitos casos não tão distante, com paz e plenitude.

Estar nostálgico é viajar dentro de si mesmo, do seu próprio mundo interior e real, pois temos a capacidade de irmos para exatamente onde desejamos, e quando desejamos. Pena que não podemos ficar por lá. Pena que a realidade muitas vezes é bem diferente dos lugares para onde "viajamos".

Um pouco de tristeza, um pouco de impotência, um pouco de saudade. Mais ainda com esperança. Esperança de resgatar estes bons momentos, este sorriso puro e verdadeiro, esta alegria contagiante e este brilho no olhar.

O diamante não foi criado já pronto e lapidado, mas mesmo assim tem grandes chances de se tornar uma jóia rara e preciosa.

Go fighter! F.G.


segunda-feira, 8 de março de 2010

Começo...


Depois de muita enrolação, preguiça, ensaios frustrados e "amanhã eu escrevo", nasce aqui o meu tão adiado mas não menos almejado blog.

Todos que me conhecem de verdade, sabem da minha paixão por escrever, me comunicar, conhecer, questionar, esmiuçar e aprender, e nada melhor do que ter um espaço meu para isso.

Ainda estou meio perdido em como fazer, melhorar a página, utilizar todos os recursos, postar coisas legais, mas enfim, com o tempo vou aprendendo e espero ir melhorando também.

Por falar em tempo e em melhorar, mas que palavrinhas danadas e um tanto quanto ambíguas estas né, pois ambas podem ser encaradas de uma maneira positiva ou também de uma forma eu diria que não muito legal.

Dizem: "o tempo faz milagres" ou "o tempo é o melhor remédio" e também "nada como o tempo". Quem nunca escutou frases assim em momentos de tristezas, perda ou desespero em relação a qualquer assunto cotidiano??? Realmente são sábios estes conselhos, mas somente conseguimos enxergá-los desta maneira quando o dito cujo do tempo já fez milagres, já curou as feridas e já passou modificando tudo. Ah que bom e que mais simples seria se encarássemos assim na hora da dor, da dificuldade ou do baita problemão não é mesmo?!

Mas, vai ver que o lance, a graça da vida é essa mesmo, na hora não enxergamos mas depois de passado um tempo (olha ele de novo aí, rs) somos capazes até mesmo de rirmos da situação, de algo que ontem era inimaginável ou fora de cogitação.

E como o tempo passa...Como ele voa a cada dia mais, nos deixando nostálgicos relembrando de momentos de ontem e cada vez mais agitados neste dia a dia corrido e stressante.

Me pego sempre no dilema do tempo que já passou, no tempo que está passando e no tempo que ainda vai chegar, olha que loucura minha cabecinha, hahahaha. Mas, acredito que o mais importante e o mais fantástico disto tudo é conseguir aproveitarmos estes tempos da melhor forma possível, sendo felizes, fazendo o que gostamos, estando ao lado de quem amamos e nos lugares que nos sentimos bem e finalmente: evoluindo e melhorando a cada dia mais e mais.

É isso ai. Por enquanto é só...

Este é apenas um começo...

Keep holding on - F. G.