segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Você com você mesmo.























"Muitos temores nascem do cansaço, e da solidão. Descompasso, desperdício. Só o acaso estende os braços pra quem procura abrigo e proteção"...


É com a singela poesia do grande Renato Russo que iniciarei e finalizarei o meu post de hoje, que dentre outros assuntos, irá abordar a confiança em nós mesmos e a solidão...

Sabem aqueles instantes difíceis que paramos, respiramos fundo e mentalizamos... As indagações invadem nossas mentem e insistem em nos interrogar: Cadê todo mundo? Será que vou conseguir? Me sinto perdido, sozinho. Onde estão as pessoas para me auxiliar?

Infelizmente não estamos aqui a passeio, então nossas vidas estarão sempre permeadas de momentos conturbados, situações embaraçosas e desafios a nos colocarem vez ou outra em provas e armadilhas, cabendo a nós mesmos, única e exclusivamente a nós mesmos, vencermos os obstáculos e deixarmos a zona de perigo.

Claro que seria muito mais eficaz e conveniente se tivéssemos pessoas ao nosso lado realmente dispostas a nos auxiliar, nos estender a mão e nos impulsionar a diante... Muitas vezes as temos, outras vezes temos mas não enxergamos, e em outras ocasiões, não temos ninguém.

Este é o ponto culminante da mensagem... E quando nós não temos ninguém? E quando nos sentimos só? E quando temos pessoas mas não conseguimos as sentir de verdade?

Eu digo profundamente. Não superficialmente...

É fácil dizer: conte comigo, me liga, porque não me procurou, estou aqui, etc e etc. O difícil é se doar de verdade, se entregar deixando o orgulho e o egoísmo de lado, se colocando ali disposto a auxiliar pura e simplesmente, custando o preço que for.

Esquecer de si mesmo uns instantes e se entregar para outra pessoa são tarefas das mais árduas para alguns. Vai saber o real motivo disto.

Uma vez li uma mensagem edificante que dizia: toda pessoa que você conhece está travando um certo tipo de batalha, está passando por determinadas dificuldades. Não cabe a ninguém julgá-la, questioná-la, humilha-la... Nos cabe respeitá-la, compreendê-la e ajudá-la, pois sempre que estamos ajudando a alguém, quem de fato está sendo auxiliado somos nós mesmos.

Ficam estas palavras para nossa reflexão...

Mais cedo ou mais tarde, todos que estivermos passando por momentos complicados e instantes doloridos, estaremos à mercê de comentários que nos julgam, que nos taxam de vítimas ou até mesmo que nos acusam de criar/aumentar o que sentimos.

Menosprezar o pesar do outro ou ser indiferente aos sofrimentos alheios são atitudes cruéis, duras de serem digeridas, mas infelizmente todos nós passamos, estamos passando ou passaremos por situações semelhantes a isso.

Somente cada pessoa sabe o que sente, o quanto lhe é dura determinada dor ou o que tem feito para suportar certas coisas, então, vamos olhar para o outro como alguém digno de carinho, atenção, paciência e vamos estender as nossas mãos, mas estender com ternura e doçura, como se estivéssemos acalentando a nós mesmos em nossos mais íntimos dissabores.

Vamos oferecer o nosso melhor, mas também ter em mente algo muito importante, que no fundo não deixa de ser sorrateiramente triste: É aí que finalizo meu post, novamente remetendo as canções da Legião Urbana: "se quiser alguém em quem confiar, confie em si mesmo. Quem acredita sempre alcança"...

Hard moments... F.G.