quinta-feira, 8 de abril de 2010

Ser humano.


Fã incondicional que sou do Big Brother Brasil, não podia deixar passar em branco a 10ª edição do reality show mais envolvente da telinha (em minha opinião, é importante ressaltar).

Todo ano, aguardo ansiosamente pela estréia do programa, esperando conferir quais serão os "testados" da vez, qual será o foco em questão e também para notar o quanto a criatividade e a reinvenção são essenciais para o perfeito andamento de um projeto anual e de sucesso mundial.

Desculpem-me os que pensam que o BBB é a chamada "cultura inútil" e que não nos agrega nada. Discordo veementemente destas afirmações, pois, no meu ponto de vista, o reality trata-se de um árduo jogo de sobrevivência
, e também uma excelente análise de comportamento do ser humano, porque ao acompanhar os 03 meses de duração do programa, podemos constatar alguns pontos curiosos e até mesmo interessantes referente onde as pessoas são capazes de chegar em prol de um mesmo objetivo: trabalho em equipe; teste de auto controle e paciência, nível de força e resistência, amadurecimento involuntário, afastamento da realidade e da informação, processo de auto conhecimento e descoberta íntima, poder de mutação e respeito as diferenças.

E por falar em diferenças, esta edição apostou em estereótipos mais ricos em nuances e possibilidades e em comportamentos mais diversificados.
É impressionante constatar que não são somente os participantes que mudam. Quem assiste também muda o tempo todo. Hoje adoro quem ontem eu detestava e não torço mais agora para quem antes era o meu favorito.

Destacando a sempre eficaz e perspicaz edição do programa, cheia de armadilhas e favorecimentos, o BBB é um ótimo entretenimento para quem se interessa em estudar o outro; enxergar o poço de ambiguidades que são as pessoas e o quanto o ser humano é complexo e distinto, em constante evolução e transformação.

Mesmo não concordando com o desfecho do programa deste ano - para mim, a vitória de um cara como o Dourado representa um retrocesso no que diz respeito a preconceito, machismo e falta de educação - acredito que nunca é tarde para a gente mudar. Seja revendo valores, seja aprendendo com os outros ou tentando compreender as peculiaridades de cada um e até mesmo sabendo conviver em harmonia com as diferenças. Tudo isso é primordial para entendermos também a nós mesmos, nosso mundo interior com suas infinitas verdades e mentiras.

Growing - F.G.